Análise facial na harmonização: o que dentistas devem saber?

A análise facial é uma ferramenta importantíssima para o sucesso de um procedimento de harmonização. Profissionais devem dominá-la muito bem, porque a partir das informações coletadas, é possível criar um planejamento mais certeiro e adequado para o paciente.

O que é análise facial?

Como explicamos no início deste conteúdo, a análise facial é uma ferramenta para avaliar as características faciais do paciente, por meio de proporções, volume, aparência, simetria e deformidades visíveis, como explica o artigo “A importância da análise facial no planejamento da harmonização orofacial”.

Ainda que a beleza seja subjetiva, ou seja, cada pessoa tem o próprio conceito do que é belo, a análise facial busca entender como equilibrar um rosto, sem padronizá-lo e nem interferir na personalidade do indivíduo.

Qual a importância dessa etapa?

A análise facial aliada à anamnese permite que o cirurgião-dentista recolha o máximo de insumos possíveis para estudar a simetria facial do paciente, além de permitir que sejam encontrados pontos que possam ser harmonizados.

Esta etapa deve ser vista como um momento de diagnóstico e é responsável pelo sucesso do procedimento. Afinal, se a avaliação e o planejamento foram bem feitos, as chances de um resultado impecável são maiores.

Dessa forma, é crucial que o dentista se aplique bastante na hora de colocar o método em ação e conheça tudo a respeito do assunto. Profissionais da área de ortodontia e cirurgia bucomaxilofacial já têm mais contato com a análise facial, uma vez que essa técnica faz parte dessas especialidades.

Como é feita a análise facial?

A primeira etapa é tirar fotos do rosto do paciente. Registre as seguintes posições da face (sempre relaxada):

  • Visão frontal, repouso e sorrindo
  • Perfil, repouso e sorrindo
  • Frontal, repouso e sorrindo
  • Em 45º, repouso e sorrindo

Um bom diagnóstico é essencial para a harmonização facial.

O ideal é que o dentista esteja a 1 metro de distância do paciente, que precisa estar com a cabeça ereta, olhando para a frente, com postura labial relaxada, oclusão de repouso e cabelo preso ou bem jogado para trás.

Além das fotos do paciente, nesta etapa inicial são analisadas a craniofacial geral, as mensurações antropométricas e as cefalométricas.

Na segunda etapa, é feito o levantamento das proporções faciais. O artigo “A importância da análise facial no planejamento da harmonização orofacial” explica que essas informações são derivadas de três fontes:

  • Arte e escultura: obras neoclássicas e renascentistas servem como modelo de proporções faciais.
  • Antropometria: dados antropométricos e cefalométricos das amostras populacionais.
  • Estudos de atratividade: confirmação da atratividade percebida de qualquer parâmetro facial por julgamento do público leigo e dos clínicos.

Na terceira etapa, são verificados aspectos simétricos e assimétricos. São realizadas análises quantitativa, qualitativa e de crescimento craniofacial. As fotografias tiradas do paciente são grandes aliadas nesse processo. 

Por último, vem a análise detalhada, que foca em partes específicas da face. De acordo com o artigo já citado, esses pontos são:

  • Relação entre os componentes dos tecidos moles e duros;
  • Tamanho, dividido em absoluto e relativo;
  • Morfologia;
  • Posição relativa;
  • Grau de rotação em torno dos eixos faciais;
  • Crescimento, desenvolvimento e envelhecimento.

No vídeo do canal Instituto Diogo de Melo, você confere o resultado final de um exemplo de análise facial: 

Pontos de referência

Talvez, agora, você esteja se perguntando sobre quais pontos de referência utilizar para mapear todos os aspectos já citados do rosto do paciente. Confira a lista de regiões frontais que devem ser utilizadas na análise:

  • Tríquio
  • Frontal
  • Glabela
  • Násio
  • Dorso nasal
  • Supratip ou ápice nasal
  • Asa do nariz
  • Filtro labial
  • Arco do cupido
  • Estômio
  • Sulco mentolabial
  • Linha bipupilar
  • Linha intercomissural

O equilíbrio dos terços da face também pode ser utilizado como referência. São eles:

  • Terço superior da face (linha do cabelo às sobrancelhas)
  • Terço médio da face (sobrancelhas ao subnasal)
  • Terço inferior da face (subnasal ao mento)

Na análise lateral, é possível tomar como ponto de referência:

  • Subnasal
  • Lábio superior
  • Estômio
  • Lábio inferior
  • Pogônio
  • Mento
  • Tragus

Com os pontos bem definidos, o dentista terá mais facilidade para estudar a estética orofacial do paciente e propor tratamentos satisfatórios, com resultado natural e harmonioso.

Se você está começando na área de harmonização orofacial (HOF), aperfeiçoe-se sempre, busque por cursos, livros e profissionais que possam servir como referência para tratamentos seguros e impecáveis.

Obrigado por consumir nosso conteúdo!

Se você gostou desse tema, compartilhe com seus colegas de profissão.

Queremos ouvir você! Quais temas você deseja ler aqui no blog Laboratório GR?